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Na era da ruptura digital, uma empresa precisa ter as suas ações baseadas em fatos e dados ou então ela pode correr o risco de ficar para trás e ver a concorrência sair na frente
O aumento das informações digitais, custos das tecnologias caindo muito rápido e um analytics mais sofisticado são alguns dos fatores que estão mudando radicalmente o mundo dos negócios. Quando utilizados de maneira correta, eles podem alterar o modo de pensar sobre os problemas dos negócios, trazer novas alternativas, criar vantagens competitivas e conduzir as empresas para caminhos cada vez mais inovadores.
Os dados e fatos caminham de mãos dadas, mas investir em recursos de coleta de dados não é o suficiente para criar valor. As organizações também precisam ter processos de análise adequados, além de profissionais certos para dar sentido aos dados e gerar percepções relevantes para a dinâmica da empresa.
Enquanto 78% das organizações concordam que o “analytics” está mudando a natureza da vantagem competitiva, apenas 12% consideram ter uma boa análise de dados. Com a atual rapidez da ruptura tecnológica afetando empresas e indústrias em todo o mundo, esperar um pouco mais pode ser fatal durante uma prospecção de clientes. Uma pesquisa feita pela Forbes, em conjunto com a EY, mostra que os executivos de alto escalão administram suas empresas de olho nos benefícios práticos que os dados revelam, o que lhes dá uma vantagem em relação à concorrência.
Extrair todo o potencial de um conjunto de dados com certeza não é uma tarefa fácil – o que explica o porquê de muitas empresas demoram tanto para se adaptar à nova realidade guiada por dados. A pesquisa da EY, junto com a Forbes, também mostra que 89% das empresas concordam que empreender uma mudança representa uma barreira na hora de ganhar dinheiro. No entanto, a pesquisa também apontou quatro pontos-chave que merecem atenção ao se transformar em uma empresa movida por dados:
1. Estratégia e liderança
Faça com que os dados e fatos sejam um imperativo estratégico. A visão que sustenta e dá um fôlego às atividades que se baseiam em dados precisa vir com um olhar que entenda a necessidade de possíveis mudança na estratégia das empresas diante de um mundo digital. E isso geralmente aponta para outra necessidade, de novas lideranças que possam dar início a uma transformação digital orientada por dados.
2. Produção de Dados
Construa e mantenha a espinha dorsal das suas análises. Seus dados e a tecnologia são os principais facilitadores para criar uma empresa data-driven. Iniciar estabelecendo estratégias e começar pelas áreas que ofereçam oportunidades é o que deve nortear a essência e o ritmo do investimento em tecnologia. Certifique-se de construir uma estrutura empresarial que possibilite o fácil acesso aos dados e às ferramentas necessárias para conduzir essas ações.
3. Consumo de dados organizacionais
Alinhe a organização em relação à nova cultura orientada por dados. O valor atribuído a uma cultura de resultados vem de um alinhamento comportamental, sempre necessário quando se trabalha com essas informações, partindo de insights, passando por ações até chegar à atribuição de valor. Isso geralmente significa que a cultura, os processos, as competências dos profissionais e os incentivos precisam passar por uma mudança.
4. Consumo de dados individuais
Comece tendo o consumidor final em mente. Antes de mais nada, o problema ou a oportunidade de negócio é algo que precisa estar claramente definido. Em seguida, pense em soluções de adequadas, levando em conta as mudanças que uma pessoa pode fazer em seu processo de tomada de decisão e/ou de negócios. Desenhar processos com foco em pessoas e um framework ágil são muitas vezes úteis para atingir um método ao estilo “test-and-learn”.
A transformação bem-sucedida de uma empresa para que ela seja movida a dados geralmente começa pelo topo da pirâmide. Se a diretoria não reconhece o valor de um processo baseado em fatos e dados, é bem provável que outras áreas da empresa tenham resistência às novas ideias. Designar novos cargos C-level, como um Chief Analytics Officer e um Chief Data Officer, pode ser uma ótima ação para que certas estratégias no negócio passem a desfrutar de todo seu potencial, ao mesmo tempo que é uma confirmação de que os objetivos e as prioridades da diretoria estão alinhados.
O Global Chief Analytics Officer da EY, Chris Mazzei, identifica as quatro principais habilidades e competências que qualquer líder de data analytics precisa para ter sucesso:
I. Expertise do seu negócio: entenda o mercado e onde/como se dá a criação de valor;
II. Inovação: identifique onde há uma oportunidade para empreender a mudança no modelo de negócio;
III. Arquitetura de soluções: identifique onde aplicar suas análises e esteja preparado para quebrar barreiras entre as equipes técnicas e de negócio;
IV. Construção de um network: desenvolva um grande número de relações com os stakeholders seniores para que as coisas aconteçam.
Um Chief Analytics Officer pode fazer muito para conseguir aumentar a presença de um comportamento mais voltado a dados dentro de uma empresa e atuar como um catalisador de mudanças, mas uma transformação bem-sucedida depende também dos líderes de todos os níveis conduzirem as ações com entusiasmo – até encorajando as pessoas que não possuem cargos de liderança a abraçarem a causa.
Apesar de toda a tecnologia por trás do Big Data, as pessoas ainda são o foco de qualquer iniciativa. O julgamento humano é o que atribui real valor ao big data analytics – e a resistência humana pode fazer com que valiosos insights sejam ignorados.